
Quem nunca sentiu uma fisgadela no peito do pé quando ficou sabendo que seu ex estava com alguém, que atire o primeiro fragmento de rocha.
De tanto implorar a Deus que queria me apaixonar, sua Ilustríssima Santidade, designou seu camarada Sto. Antonio a conseguir um pretendente para mim.
Sujeito bom como ele só, Toninho Cabra Macho Sim Senhor, fez com que eu casualmente conhecesse um bom moço, o qual, gerou aquele faniquito ensandecido com meu sistema nervoso, e aquela batucada digna de Pelourinho com meu coração.
Pois bem, quando menos esperava estava lá eu, frente aquela situação no mínimo irritante, tendo de me produzir diariamente, estar sempre linda e maravilhosa, pois nunca sabia quando poderia encontrá-lo novamente.
Enfim, depois de muitos encontros e desencontros, papo vai, papo vem, começamos a sair, contudo, sempre que nos encontrávamos com nossos amigos em comum (que em grande maioria não sabiam de nosso affair), e o assunto era relacionamento, ele dizia que não queria nada com ninguém, que estava muito feliz em ser solteiro e que assim queria permanecer por um booom tempo.
Claro, que então, o enredo da história que até então parecia estar tomando uma nova linha criativa, voltou para o filme de terror.
Lá estava eu, apaixonada, com pele sedosa, cabelo brilhante, e, muito medo. Medo de sofrer caso ele só estivesse me usando (que era o que parecia quando estávamos com outras pessoas, mas, não quando estávamos sozinhos).
Até que um dia, ao sair com minhas amigas, e acabei ficando com outra pessoa, e ele tomou conhecimento.
No dia seguinte, encontrei com ele, e bummmmmmmmmmmm....ele delicadamente me concedeu aquele membro inferior na região subglutânea (vulgo, pé na bunda).
Hoje, completamente superada de toda esta lamentável situação, tenho me divertido com minhas amigas e conhecido pessoas interessantes.
Claro que minha educação muito tradicional e católica, disse para nunca guardar raiva nem ressentimento de ninguém. Por isso, hoje desejo que ele seja feliz, que tenha uma vida serena, calma, que respire com ajuda de aparelhos, que quebre as duas pernas e os dois braços, que perca pelo menos os dedos polegares e que não se engasgue com os dentes que devem quebrar depois que ele bater o carro em alta velocidade.
Enfim, esta é minha história mal (ou bem) sucedida do meu mais recente caso de amor.