terça-feira, 12 de outubro de 2010

Jura? Nem tinha percebido..

Houve uma época (ok, não só uma, foram duas... tá bom, várias) em que eu estava muito de boa, curtindo minha recente solteirice, saindo, conhecendo pessoas, perdendo a dignidade nas baladas sem me preocupar depois com isso (afinal, eu nem lembrava, só ficava sabendo, pq minhas amigas me mostravam as fotos - mancada), quando em um certo dia (pq sempre tem que ter “um certo dia” nas histórias...vou trocar isso) e, em uma certa noite (ok, ficou bem melhor agora) eu conheci um rapazinho que deu uma mexida comigo.

Eu tinha achado ele uma gracinha, com aqueles seus 1,65m, seus óculos fundo de garrafa, seus dentes tortos, sua perna mecânica, enfim, um charme, e logo me deslumbrei.

Ficamos conversando a noite toda (aquela, e outras), e passamos a sair juntos. Tudo era o máximo (com exceção da perna mecânica no frio), e eu realmente achei que ia amarrar meu bode naquela cerca.

Até que mais do que de repente, ele sumiu. Desapareceu como salário no dia do pagamento.
E eu chorei, e chorei, e chorei, e chorei.. ok, vocês entenderam.
Mas, depois passou, e voltei a viver a minha vidinha de sair de baladas, perder a dignidade, e etc.

E, passou...mesmo.

Uma madrugada (prestem atenção, era madrugada) quando estava em casa, servindo uma pizza mezza ombro e mezza ouvido para minha melhor amiga e minha mãe (que estavam lamentando os seus romances imperfeitos), o bonitinho manco-zaroio apareceu na minha porta. E, por incrível que pareça, eu abri.

Não só abri como chamei para entrar, e, conversei com ele durante horas.
Na maior cara de pau, me informou que só tinha ido em casa para me dizer que gostava de mim, mas, que NÃO queria nada sério – pausa para cara de Oprah Winfrey -  ALOOOOOUUUU...eu já tinha entendido. Você sumiu, meu amor...

Agora me digam, não foi uma #putafaltadesacanagem? Eu já estava bem...ele tinha que aparecer? É por isso que eu tenho que concordar com a minha amiga que publicou o post abaixo. Não se fazem mais cafajestes como antigamente.

Francamente...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Não se fazem mais cafajestes como antigamente...

Querem saber como cheguei a essa conclusão? Simples.

Segue comparativo:

• Cafajeste de antigamente

Você conhecia, ficava transtornada pelo charme e ar misterioso, caia em tentação (OMG) e depois ele sumia, era um cafajeste não muito ligado a tecnologia, celular era aquela coisa bacana que fazia e recebia ligação. Praticamente um “Startac”.

Eles respeitavam o que eu chamo de “núcleos de ataque”, exemplo, você é do núcleo da faculdade, o próximo ataque é o grupo de amigas dos amigos, o próximo eram as garotas de outra faculdade, tinham também as moças do trabalho e por fim... (e nesse caso se pudesse ser evitado seria) temos o núcleo da vizinhança, esse último é o mais perigoso afinal a maluca sabe onde o cafa mora e dependendo da situação bizarra que rolou a doida poderia fazer barraco na porta do cafa. #medo

Nunca apresentavam você para os amigos, e se apresentavam não indicavam o grau da relação, e se informavam era um alerta duplo “essa é minha amiga...”, no seu ouvido ecoava, “só estou pegando” e no ouvido dos amigos “só estou comendo”.

Você tinha a plena noção que era só um passatempo e o cafajeste por sua vez te dava a chance de esquecê-lo sumindo misteriosamente da face da terra. (OREMOS)

• Cafajeste dos dias atuais

O fdp mente, aliás, fantasia um mundo completamente irreal, ele tem Twitter, Del.icio.us, Linkedin, Orkut, Facebook, Formspring, Foursquare, Fotolog, (FotoPQP), ICQ (tá eu sei que apelei), MSN, Gtalk, blog e o caralho a quatro! Tá quase na sessão de destaque do G1.

Cadê o mistério com essa porra toda? Você precisa praticamente de protetores auriculares, visuais e sensoriais para não notar a presença desprezível do inimigo.

Fica marcando em cima, mostrando que vive, respira e ocupa lugar no mundo. Fica com você, com a sua amiga, vasculha perfis no seu Orkut, freqüenta os mesmos lugares...TE CHAMA PRA SAIR, QUER SER SEU AMIGO... amigo uma porra, se eu precisasse de amigos ligaria pro disque amizade (existe isso ainda?)

Usou, abusou e... não sumiu por que me diz?

Por isso que digo e repito... saudades absurdas dos cafajestes de antigamente!