Fura olho Life Style!

Toda garota tem a vulgo “melhor amiga”, o que significa até os 16 ou 17 anos, alguém que você pode contar em todos as horas mas que não se pode confiar 100% (infelizmente você só fica sabendo do “pacote de vantagens” depois de uma furada de olho aqui, um puxão de tapete ali).

Aquela amiga que conheceu no jardim de infância, no clube ou como no meu caso pela vizinhança.

Essa belíssima amizade digna de prêmio Nobel já durava mais ou menos uns 14 anos, discutimos apenas 2 vezes nesse tempo (pra quem me conhece bem, isso é um recorde). Como toda boa amiga compartilhamos tudo até mesmo o melhor amigo.

Acontece que como toda garota me apaixonei pelo infeliz (melhor amigo) e é claro que a primeira pessoa a saber da novidade foi ela. Durante muito tempo foi ela que agüentou minhas crises existenciais e era no ombro dela que eu chorava todas as mágoas, tirava conclusões mirabolantes a respeito das atitudes do rapaz ( vide Man Classificator Plus – “Nem caga nem desocupa a moita”) e era ela que me dizia que ele não prestava para ser meu namorado e eu deveria manter somente a amizade.

Bom, um belo dia mudei de cidade, ela juntou as escovas de dente com um indivíduo (leia-se um traste) e meu amigo ficou desolado sem nenhuma de suas confidentes. Falávamos-nos só por telefone, até que um dia (não lembro o porquê, já que isso acontecia com freqüência) parei de falar com o meu amigo. Minha “best” então, passou a ser minha informante e responsável pelo digníssimo “leva e traz” (capaz de desmantelar amizades, criar inimizades e forjar discórdias). Ela me informava sobre tudo o que se passava com ele e também, digo principalmente, tudo o que ele falava sobre mim. Cada vez mais esse coração transbordava de esperanças, até que um dia...

Chego de madrugada da balada e não sei por que cargas d’água resolvo ler meus e-mails (coisa que não faço nem quando estou na internet em horário normal), mas algo me dizia (meu “Personal Guru Instint”) que eu deveria consultá-los. Abrindo a caixa vejo que recebi notícias da minha “querida amiga”, segue o texto quase na íntegra e comentado, alterando somente algumas partes para preservar a MINHA identidade:

“Amiga... As coisas aqui estão cada dia mais complicadas... Ontem a amante do meu marido me ligou dizendo ter uma mensagem dele no celular dela. (até essa parte ainda desconhecia o verdadeiro objetivo do e-mail, ou seja, rolou até um sentimento de dó) e é a mais pura verdade... Eu fui conferir e tinha uma mensagem na caixa de saída dele dizendo “eu te amo”...(eita coração grande!!!) Bem eu fui pra casa tive uma DR com ele e tudo se acabou novamente...(comovente mas.....não é problema meu) Depois de quase uma hora em casa passando mal liguei pro seu melhor amigo e ele foi em casa me buscar...(opa, mudei a postura agora..nota-se que a fila dessa aí não anda, tira racha) Chorei muito...(ahh, tava fragilizadinha e ligou pro meu amigo pra chorar? sei...) Mas depois fui melhorando...(imagino como) Fomos para um barzinho, eu, ele e o melhor amigo dele...(ou seja, ela tinha opções para se oferecer) Bebi quase nada...(ok, se eu fosse contar uma coisa dessas pra minha melhor amiga, diria que tinha entrado em coma alcoólico) E queria que você soubesse de mim em primeira mão... (fico lisonjeada com a preocupação, de verdade) Fiquei com o seu melhor amigo ontem e acabamos passando a noite juntos... Não estou me sentindo nada bem com a situação... Hoje acordei meio Down,... Acho que não deveria ter feito isso por sua causa... Se você ficar brava vou entender... Sorry... Me perdoa... Te amo bem mais que muito... Não quero te magoar...”(bom, nem quero imaginar se ela estivesse realmente empenhada em me magoar).

Beijokas mil... (VSF, esse é de brinde lindaaa)

É necessário que fiquemos sempre alerta com este tipo de “amiga”, quem tem uma dessas com certeza não precisa de inimigos. Quero deixar bem claro que se houvesse realmente sentimento entre os dois meu posicionamento seria diferente diante a situação, mas só por uma noite de divertimento, será que vale a pena mesmo arriscar uma amizade?